sábado, 7 de setembro de 2013

NET-ART

Net-Arte. Como início de reflexão, é preciso distinguir net-arte de arte na internet. São dois conceitos ou ideias diferentes que se aplicam a uma ideia de arte para a internet. O primeiro centra-se numa arte realizada exclusivamente para o meio internet, o segundo é a internet encarada como meio de divulgação da arte. Ou seja, se uma encara a internet como médium artístico, a outra encara-a apenas como meio de divulgação. Nesta última temos as páginas de galerias, museus e centros artísticos, bem como de artistas, que se dedicam a uma forma de arte não digital.
A net-art tem as suas origens, por um lado, na chamada arte telemática, por outro na chamada computer art. Assentando o médium internet em redes informáticas que ligam vários computadores em diversas partes do mundo, é lógico pensar no computador como o intermediário fundamental neste novo tipo de arte. Mas é necessário não confundir a generated computer art com a net-art: apesar de ambas existirem nos sistemas informáticos, são formas de arte muito diferentes.


A net-arte, no seu conceito puro, vai buscar o seu fundamento à arte telemática, cujos primórdios podem ser encontrados no dadaismo e, especificamente em autores como Marcel Duchamp e Moholy-Nagy. O primeiro foi o inventor desse tipo de arte chamada mail-arte ou arte postal. O segundo de uma série de imagens encomendadas por telefone. Nagy, propunha a utilização do telefone como forma de encarregar outras pessoas da execução material de obras de arte. Ao mesmo tempo que propunha a subversão do processo tradicional da criação artística (o realizador da obra passava a ser uma pessoa anónima) Nagy e os dadaístas abriam passo ao emprego nas artes plásticas de uma tecnologia de comunicação. Moholy-Nagy, com os seus Telefonbilder , sublinhava a ideia da produção anónima através de procedimentos industriais de manufactura.
Marcel Duchamp, por seu lado, propunha uma arte centrada num meio de distribuição: ficou célebre em 1916 o seu Rendezvous of 6 February, quando enviou uma série de postais aos seus vizinhos de Arensbourgs.
Mas o que existe de comum entre Rendezvous... de Duchamp e os Telephonebilder de Nagy? A distância. A ligação de dois pontos através do objecto artístico. No primeiro caso, uma ligação directa do artista ao fruidor, no segundo caso, através de um meio de telecomunicação e de uma terceira pessoa. Ou seja, em ambos os casos o artista e o receptor estão em espaços tempos diferentes, e a obra circula de um extremo para o outro. Contrariamente à relação clássica do observador com a obra que existe num determinado espaço-tempo criado previamente para o efeito (a parede da galeria ou do museu).
Ambos projectos procuram assim aproximar o artista do observador, o emissor do receptor, superar a distância que os separa.

ARTE URBANA E GRAFITI



Arte Urbana ou street art é a expressão que se refere a manifestações artísticas desenvolvidas no espaço público.
A arte urbana engloba todo o tipo de arte expressada na rua e normalmente descreve o trabalho de pessoas que desenvolveram um modo de expressão artística mediante o uso de diversas técnicas alternativas como moldes, pôsteres, adesivos, murais e grafite entre as mais importantes também tem o movimento hip hiop que traz também essas formas artísticas citadas a cima. Em geral traz uma nova forma decomunicação através de texto, conteúdo e opinião social.A arte urbana, ao integrar seus elementos em locais públicos muito movimentados, tem como objetivo causar um impacto nos espectadores e costuma ter uma mensagem subversiva e anarquista criticando a sociedade com ironia e convidando à luta social, a crítica política ou, simplesmente, à reflexão. A maior referência da arte de rua é Banksy, artista ou artistas de identidade desconhecida com obras pelas principais cidades do mundo.

A arte do grafite é uma forma de manifestação artística em espaços públicos. A definição mais popular diz que o grafite é um tipo de inscrição feita em paredes. Existem relatos e vestígios dessa arte desde o Império Romano. Seu aparecimento na Idade Contemporânea se deu na década de 1970, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Alguns jovens começaram a deixar suas marcas nas paredes da cidade e, algum tempo depois, essas marcas evoluíram com técnicas e desenhos.
O grafite está ligado diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para esse movimento, o grafite é a forma de expressar toda a opressão que a humanidade vive, principalmente os menos favorecidos, ou seja, o grafite reflete a realidade das ruas.
O grafite foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Os brasileiros não se contentaram com o grafite norte-americano, então começaram a incrementar a arte com um toque brasileiro. O estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo.
Muitas polêmicas giram em torno desse movimento artístico, pois de um lado o grafite é desempenhado com qualidade artística, e do outro não passa de poluição visual e vandalismo. A pichação ou vandalismo é caracterizado pelo ato de escrever em muros, edifícios, monumentos e vias públicas. Os materiais utilizados pelos grafiteiros vão desde tradicionais latas de spray até o látex.

TRANSVANGUARDA

O termo transvanguarda entra no vocabulário artístico com o livro A Transvanguarda Italiana, 1980, de Achille Bonito Oliva, para designar uma tendência da arte italiana exemplificada por artistas como Francesco Clemente, Mimmo Palladino, Enzo Cucchi, Sandro Chia e Nicola de Maria. A nova orientação deve ser lida no interior do chamado neo-expressionismo internacional dos anos 1970, sobretudo em suas faces alemã e norte-americana. Na Alemanha, destacam-se os trabalhos de Jörg Immendorff, George Baselitz, A.R. Penck e Anselm Kiefer. As memórias da guerra, as marcas deixadas pelo nazismo no país e a tematização de certa identidade nacional problemática são referências para os quatro artistas, ainda que os temas conheçam inflexões distintas em cada um deles. Nos Estados Unidos, os nomes de Julian Schnabel, Robert Longo e Jonathan Borofsky podem ser lembrados como representantes de uma leitura particular do neo-expressionismo.
Na Itália, o desenvolvimento de uma tendência neo-expressionista na arte é tributária de sugestões inscritas na arte povera, sobretudo do destaque que confere às forças primárias da natureza e à tematização do lugar do homem como um elemento, entre outros, da natureza mais ampla. Os trabalhos reunidos na transvanguarda - em geral, pinturas e esculturas -, mesmo que apresentem dicções distintas, e defendam a vitalidade dessas diferenças como um valor, compartilham algumas preocupações e orientações. De modo geral, os artistas realizam trabalhos figurativos em que o corpo humano tem presença destacada. Não é à toa que Clemente sublinha sua admiração por aqueles que "pensam com seus corpos". Os corpos que povoam essas telas ora se apresentam em primeiro plano de forma vigorosa - como em certos trabalhos de Sandro Chia, O Carregador de Água, 1981, por exemplo -, ora se esvanecem dando lugar a figuras algo fantasmáticas como em Não Deve Ser Dito, 1981, de Cucchi. Nota-se também em vários desses trabalhos um movimento entre os tons irônico e trágico, que o Pequeno Diabo e Filho do Filho, 1981, ambos de Chia, exemplificam de modo nítido. As telas construídas de modo geral com cores e pinceladas vigorosas abrigam, volta e meia, zonas de escuridão, deixando entrever a tentativa de equilibrar tendências opostas, na forma e no conteúdo. Contra a idéia de plano e projeto, assim como de uma tendência a pensar a história da arte como evolução linear, os artistas borram as hierarquias entre diferentes linguagens, entre "alta" e a "baixa" cultura, não conferindo privilégio a nenhum estilo e recuperando, até mesmo, perspectivas descartadas. As obras tendem à fragmentação e à combinação eclética, de distintas referências. O Carregador de Água, alude simultaneamente às alegorias barrocas, à face decorativa da obra de Marc Chagall, às gravuras japonesas e aos trabalhos de Cy Twombly, o que revela a combinação de tendências e períodos diferentes da história da arte.

HAPPENING

O termo happening é criado no fim dos anos 1950 pelo americano Allan Kaprow para designar uma forma de arte que combina artes visuais e um teatro sui generis, sem texto nem representação. Nos espetáculos, distintos materiais e elementos são orquestrados de forma a aproximar o espectador, fazendo-o participar da cena proposta pelo artista (nesse sentido, o happening se distingue da performance, na qual não há participação do público). Os eventos apresentam estrutura flexível, sem começo, meio e fim. As improvisações conduzem a cena - ritmada pelas ideias de acaso e espontaneidade - em contextos variados como ruas, antigos lofts, lojas vazias e outros. O happening ocorre em tempo real, como o teatro e a ópera, mas recusa as convenções artísticas. Não há enredo, apenas palavras sem sentido literal, assim como não há separação entre o público e o espetáculo. Do mesmo modo, os "atores" não são profissionais, mas pessoas comuns.

O happening é gerado na ação e, como tal, não pode ser reproduzido. Seu modelo primeiro são as rotinas e, com isso, ele borra deliberadamente as fronteiras entre arte e vida. Nos termos de Kaprow: "Temas, materiais, ações, e associações que eles evocam devem ser retirados de qualquer lugar menos das artes, seus derivados e meios". Uma "nova arte concreta", propõe o artista, no lugar da antiga arte concreta abstrata, enraizada na experiência, na prática e na vida ordinária, matérias-primas do fazer artístico. De acordo com Kaprow, os happenings são um desdobramento das assemblages e da arte ambiental, mas ultrapassa-as pela introdução do movimento e por seu caráter de síntese, espécie de arte total em que se encontram reunidas diferentes modalidades artísticas - pintura, dança, teatro, música. A filosofia de John Dewey, sobretudo suas reflexões sobre arte e experiência, o zen-budismo, o trabalho experimental do músico John Cage, assim como a action painting do pintor americano Jackson Pollock são matrizes fundamentais para a concepção de happening.

HIPERREALISMO

A arte moderna, embora muitas vezes imbuída de ideais revolucionários e vanguardistas dos movimentos abstracionistas, nunca recusou inteiramente a vontade de representar ou copiar a realidade. As ligações a linguagens realistas e figurativas, de carácter imitiativo ou narrativo, ligado à tradição artesanal da pintura ou da escultura, foram surgindo ciclicamente, através de várias correntes pictóricas, ao longo do século XX.
Nos anos 60, esta recuperação das tendências realistas, determinadas por uma crescente rejeição do esgotado Expressionismo Abstrato e da Action Painting, surgem em correntes tão díspares como a Arte Pop, A Figuração Narrativa, o Neorrealismo e, de forma mais difusa, no Nouveaux Réalisme e na Arte Povera. Movimentos estes que têm como denominador comum a revalorização da cultura popular e dos objetos típicos da civilização urbana e industrial.O Hiper-realismo, também conhecido por Foto-realismo, Super-realismo ou Realismo Radical, constituiu a vertente americana do movimento neorrealista. Inspirando-se na iconografia e na tendência para o uso de fotografias e de serigrafias característicos da Arte Pop e no naturalismo da Figuração Narrativa europeia, levou as suas premissas estéticas e formais, a uma forma extrema de figuração, bem representada pelos trabalhos dos pintores americanos integrados na exposição "22 realists", apresentada em 1970 em Nova Iorque.
A partir deste momento, o Hiper-realismo assume-se como uma corrente autónoma que procurava desenvolver uma linguagem de cariz fotográfico, de dimensão mítica e monumental, possível pela idealização e extremo virtuosismo da própria técnica. Para conseguir reproduzir todos os detalhes e vibrações cromáticas e texturais, estes artistas utilizavam frequentemente o aérografo e recorriam à projeção sobre as telas de diapositivos que continham as imagens a reproduzir.
O carácter fotográfico desta linguagem imprimiu-lhe uma qualidade de trompe-l'oeil que a tornava especialmente adequada para a criação de pinturas ilusórias murais de grande dimensão.


No entanto, esta arte realista e descritiva, aparentemente era objetiva desprovida de qualquer emocionalidade. De facto, embora os temas fossem perfeitamente identificáveis, muitas vezes correspondiam a encenações ou manipulações de imagens reais que resultavam na construção de um olhar intencionalmente crítico sobre essa realidade.
Os artistas que integraram este movimento abordaram temáticas muita diferenciadas, embora tivessem sempre partido de elementos típicos da cultura americana. Assim, se Kacere procurou desenvolver de, forma quase obsessiva, imagens de mulheres seminuas, Richard Estes preferiu as vibrantes as fachadas de lojas e Don Eddy especializou-se na representação de lustrosas e brilhantes viaturas e motos. Chuck Close tornou-se famoso pelos retratos frontais e grande dimensão, absolutamente verosímeis e executados com a precisão mecânica de um máquina fotográfica.
John De Andrea foi um dos poucos artistas hiper-realista ligados à escultura, criando uma série de trabalhos em poliester e fibra de vidro pintado que eram absolutamente realistas.
Durante a década de 70, esta corrente atinge os países europeus, nomeadamente a Inglaterra e a Alemanha, influenciando a obra de pintores como David Hockney e Peter Klasen. Menos ligados aos processos de reprodução de sentido fotográfico característica da corrente hiper-realista e recusando geralmente o carácter polido e virtuosístico dos pintores americanos, os pintores europeus, desenvolveram uma linguagem neorrealista cruzada com influências da Arte Pop.

INSTALAÇÃO ARTÍSTICA

Instalação é um termo que, na sua origem, se referia aos procedimentos e às técnicas de exposição de obras de artes em espaços próprios (como museus ou galerias). A partir de meados do século XX passa a designar uma forma de expressão artística que engloba os campos da escultura, da pintura, da fotografia, do cinema e do vídeo podendo incluir ainda algumas manifestações performativas. Os trabalhos de instalação podem assumir escalas e formalizações muito variadas.
Desde inícios do XX que se verificou a gradual eliminação e diluição das tradicionais separações entre a pintura e a escultura e o reconhecimento da dimensão espacial e temporal dos trabalhos escultóricos.
A este aspeto associou-se a consciência da especificidade da relação entre os objetos artísticos e o espaço arquitetónico envolvente o que determinou a procura de fundir estas duas dimensões numa mesma realidade significante. Esta característica, que geralmente se designa por site specific, indica um processo criativo que se fundamenta na relação formal ou conceptual entre determinados objetos e os lugares onde são colocados. Assim, a preservação da mensagem estética duma instalação obriga geralmente à manutenção do objeto artístico no espaço para o qual foi criado.
Geralmente efémeras, as instalações podem também ser criadas para coleções públicas ou privadas e expostas permanentemente num local predefinido.
Na origem da instalação enquanto meio e técnica de criação estão algumas esculturas de grande escala, realizadas pelo artista dadaísta Marcel Duchamp para algumas galerias nova iorquinas. Outros exemplos pioneiros neste campo são as instalações criadas por artistas Pop como Andy Warhol, Claes Oldenburg (1929) e George Segal (1924-), nos finais da década de cinquenta.

Na Europa, alguns autores influenciados pelo dadaísmo e pelo surrealismo, de entre os quais se destaca a precursora artista francesa Louise Bourgeois (1911- ), desenvolvem trabalhos que procuram não tanto a execução de objetos (domínio próprio da escultura), mas a definição de qualidades espaciais e a criação de ambientes. O francês Jean Tinguely acrescenta o movimento mecânico a estes objetos e instalações, dotando-os de uma interessante e insólita dimensão cinética.
O grupo Fluxus teve um papel determinante no desenvolvimento e divulgação desta forma artística, destacando-se, no interior deste movimento, alguns trabalhos do alemão Joseph Beuys e do coreano Nam June Paik, os quais associavam frequentemente às instalações a realização de happenings e de performances.
Nos anos setenta, a instalação ganha um carácter muito mais complexo, procurando recriar de raiz os ambientes e os espaços envolventes. Em algumas situações procura-se atingir uma maior complexidade e alcance das intervenções, através da associação de vários artistas na transformação integral de edifícios.
De entre os artistas que mais se dedicaram a esta forma expressiva destacam-se os membros do movimento italiano da Arte Povera, como Janis Kounellis e Michelangelo Pistoletto ou alguns dos representantes da corrente da Land Art, da Arte Conceptual e do Pós-modernismo, como Richard Long, Dennis Oppnheim, Franz West ou o alemão Hans Haacke (1936-).

BODY ART

A utilização do corpo enquanto suporte para a criação artística, pelo seu significado e expressividade, é bastante antiga. A criação do movimento Body Art na Europa e nos Estados Unidos, no final da década de 60, representa o reconhecimento da capacidade de comunicação do corpo humano, do próprio artista ou de qualquer outra pessoa, enquanto veículo portador de ideias e de atitudes, explorando de forma direta e livre de preconceitos temas como o gEnero e a sexualidade. Foi fortemente influenciado pela cultura do corpo, da nudez, da comunicação corporal e da liberdade sexual, que marcaram os inícios dos anos 60.As manifestações de Body Art assumiam geralmente o carácter de performances, onde os artistas se exprimiam de forma pessoal, revelando tendências muito diversas. Para alguns, a violência e agressividade, expressos em atos de auto-mutilação, que atingiam por vezes os limites de resistência do corpo, tinham o objetivo de chocar o espectador e de lhe provocar reações fortes. O artista assumia um distanciamento do próprio corpo, ultrapassando a dor que muitas das mutilações provocavam. Exemplo desta tendência são os trabalhos de Viennois Gunter, Rudolf Schwarzkogler (que morreu em 1969, durante uma performance), de Chris Burden e de Gina Pane.Outros artistas procuravam utilizar o corpo de forma mais experimental, como o demonstram os trabalhos precursores de Yves Klein, onde o corpo era utilizado para imprimir em grandes telas, rolando sobre elas, de Vito Acconci ou de Dennis Oppenheim. Urs Luthi e Michel Journiac, tentando ultrapassar tabus sexuais, preferiam travestir-se.A Body Art aproxima-se nos seus fundamentos, ideias e manifestações (que geralmente ultrapassam os limites físicos das galerias), da Land Art e da Performance Art e da Arte Conceptual, pois a carga ideológica normalmente prevalece sobre os aspetos materiais.

MINIALISMO E ARTE CONCEITUAL

A palavra minimalismo reporta-se a um conjunto de movimentos artísticos e culturais que percorreram vários momentos do século XX, manifestos através de seus fundamentais elementos, especialmente nas artes visuais, no design e na música. Surgiu nos anos 60 nos Estados Unidos.
As obras minimalistas possuem um mínimo de recursos e elementos. A pintura minimalista usa um número limitado de cores e privilegia formas geométricas simples, repetidas simetricamente.


No decurso da história da arte, durante o século XX, houve três grandes tendências que poderiam ser chamadas de “minimalistas”: (manifestações minimalistas: construtivismo, vanguarda russa, modernismo). Os construtivistas por meio da experimentação formal procuravam uma linguagem universal da arte, passível de ser absorvida por toda humanidade.
A segunda e mais importante fase do movimento surgiu de artistas como Sol LeWitt, Frank Stella, Donald Judd e Robert Smithson, cuja produção tendia ultrapassar os conceitos tradicionais sobre a necessidade do suporte: procuravam estudar as possibilidades estéticas a partir de estruturas bi ou tridimensionais.
O minimalismo exerceu grande influência em vários campos de atividade do design, como a programação visual, o desenho industrial, na arquitetura. Os minimalistas produzem objetos simples em sinônimo de sofisticação.
A música minimalista nasceu com a série Composições 1960, criada por La Monte Young, esta pode ser cantada apenas com duas notas.
A literatura minimalista caracteriza-se pela economia de palavras, onde os autores minimalistas evitam advérbios e sugerem contextos a ditar significados.



A idéia e a concepção que levou uma arte ser pensada ou construída é o principal neste segmento artístico. A arte conceitual considera o conceito base de obra de arte, superior à própria obra concebida.
É fruto de uma vanguarda surgida na Europa e nos EUA, no fim dos anos 60 e meados dos anos 70, parte em reação ao formalismo. Considera o caráter mental da criação acima da aparência e existência final de uma obra.

Em 1961, num texto escrito por Henry Flynt, o termo “arte conceitual” aparecia pela primeira vez. Flynt defendia que os conceitos são as verdadeiras matérias da arte, sendo as idéias mais importantes do que a execução do “produto final artístico”.
É considerado um movimento artístico moderno e contemporâneo, a ideia é vista como a máquina da arte. Na arte conceitual há o uso de fotografias, mapas, textos, instruções descritivas da obra, que muitas inexiste materialmente.
Neste movimento há uma ojeriza por artefatos de luxo, pois o luxo é visto como tradicional. O movimento esteve forte até o ano de 1978, sendo aberta uma concepção mais pós-conceitualista.

POP ART

A Pop Art é uma escola que utiliza em suas representações pictóricas imagens e símbolos de natureza popular. Originado particularmente nos Estados Unidos e na Inglaterra, este movimento foi assim batizado em 1954, quando o crítico inglês Lawrence Alloway assim o denominou, ao se referir a tudo que era produzido pela cultura em massa no hemisfério ocidental, especialmente aos produtos procedentes da América do Norte.
Alguns criadores, inspirados no movimento dadaísta liderado por Marcel Duchamp, decidiram, em fins dos anos 50, se apropriar de imagens inerentes ao universo da propaganda norte-americana e convertê-las em matéria-prima de suas obras. Estes ícones abundantes no dia-a-dia do século XX detinham um alto poder imagético.
A Pop-art representava um retorno da arte figurativa, contrapondo-se ao Expressionismo alemão que até então dominava a cena artística. Agora era a vez da cultura em massa, do culto às imagens televisivas, às fotos, às histórias em quadrinhos, às cenas impressas nas telas dos cinemas, à produção publicitária.
Na década de 20, os filósofos Horkheimer e Adorno já discorriam sobre a expressão indústria cultural, para expressar a mercantilização de toda criação humana, inclusive a de cunho cultural. Nos anos 60 tudo é produzido massivamente, e cria-se uma aura especial em torno do que é considerado popular. Desta esfera transplantam-se a simbologia e os signos típicos da massa, para que assim rompam-se todas as possíveis barreiras entre a arte e o povo. Há um certo fascínio em torno do modo de vida da população dos EUA.
Os artistas recorrem à ironia para elaborar uma crítica ao excesso de consumismo que permeia o comportamento social, estetizando os produtos massificados, tais como os provenientes da esfera publicitária, do cinema, dos quadrinhos, e de outras áreas afins. Eles se valem de ferramentas como a tinta acrílica, poliéster, látex, colorações fortes e calorosas, imitando artefatos da rotina popular.
Estes objetos que integram o dia-a-dia da massa são multiplicados em porte bem maior, o que converte sua concretude real em uma dimensão hiper-real. Enquanto, porém, a Pop-art parece censurar o consumismo, ela igualmente não prescinde dos itens que integram o circuito do consumo capitalista. Exemplo disso são as famosas Sopas Campbell e as garrafas de Coca-Cola criadas pelo ‘papa’ deste movimento, o artista Andy Warhol.
Este ícone da Pop-art inspirou-se nos mitos modernos, como o representado pela atriz Marilyn Monroe, símbolo do cinema hollywoodiano e do glamour contemporâneo, para produzir suas obras. Ele procurava transmitir sua certeza de que os ídolos cultuados pela sociedade no século XX são imagens despersonalizadas e sem consistência. Para isso o artista utilizava técnicas de reprodução que simulavam o trabalho mecanizado.
Nesta salada imagética que constitui a pop-art, o que antes era considerado de mau gosto se transforma em modismo, o que era visto como algo reles passa a ter a conotação de um objeto sofisticado. Isto porque estes artefatos ganham um novo significado diante do contexto em que são produzidos, e assumem, assim, uma valoração distinta.

ARTE CINÉTICA

A arte cinética ou o cinetismo refere-se a uma corrente na área das artes plásticas que elabora formas e efeitos visuais para gerar movimento ou ilusão óptica. Dentre os artistas mais destacados podemos citar Mracel Ducham (1887-1968), Alexander Calder (1898-1976), Jean Tinguely (1925), entreo outros.
Basicamente o conceito de cinético está ligado ao que expressa movimento, esse termo esteve presente no Manifesto Realista  de Antoine Pevsner, escultor que viveu de 1886 a 1962, e de Naum Gabo, escultor russo construtivista. Na Argentina, a revista “Madí” de 1946, também buscou atestar sobre essa expressão artística.
No contexto das artes plásticas, desde as obras de figuras de animais representados em paredes criadas por Lascaux, a ideia de movimento sempre esteve presente, porém, o termo “arte cinética” é inserida no vocabulário artístico somente em 1955, em virtude da exposição “Le Mouvement”, em Paris, evento que expôs obras de Duchamp, Calder, Vasarely, Soto, Bury, entre outros.

Quando estudamos a arte cinética, percebemos que o movimento é base de sua própria estruturação, esse estilo de expressão nas artes plásticas conseguiu derrubar a condição do efeito estático na pintura, lançando a ideia de uma arte que proporciona movimento à obra e não somente a ideia de movimento.
Além do movimento físico, há o movimento óptico no observador, nesse sentido ficou convencionado que a op-art estaria em parte também presente na arte cinética. Os grandes grupos de artistas, em meados do século XX, se reuniam com suas obras na Galeria Denise René e no de Recherche d’Art Visuel (GRAV), Paris.
No GRAV se destacou os trabalhos do venezuelano Jesús-Raphael Soto, o artista no período de 1950 a 1953, desenvolveu obras que produziam efeitos de movimento virtual e vibração ótica. Segundo Guy Brett, crítico inglês, a arte cinética estaria ligada à linguagem do movimento, tendo como fator de movimento a localização do observador perante determinada obra.
A arte conseguiu reunir artistas de diferentes partes do mundo, na Itália se destacou os Grupos T e N; na Alemanha, o Grupo Zero; e nos EUA, MoMA/Nova York, que marcou a arte ótica e cinética. Dentre os brasileiros, podemos citar os falecidos artistas Lothar Charoux (1912-1987), Almir Mavignier, Ivan Serpa (1923-1973), Abraham Palatnik (1928).

ARTE BRUTA E ARTE INFORMAL



A expressão Art Brut (Arte Bruta) foi criada pelo pintor francês Jean Dubuffet (1901-1985) em 1947, com o objetivo de caracterizar o trabalho produzido fora do sistema tradicional e profissional da arte (pelo que é também conhecido por Outsider Art), que o artista considerava mais autêntico e verdadeiro que o dos artistas eruditos. Desta forma, o conceito de Arte Bruta pretendia englobar produções muito diversificadas realizadas por crianças, por doentes mentais e por criminosos, que apresentavam em comum um carácter espontâneo e imaginativo. Englobava também algumas realizações de carácter público e coletivo, como o graffiti.

Em novembro de 1947, Dubuffet apresentou pela primeira vez ao público a sua coleção de obras de Arte Bruta na galeria René Drouin, em Paris. Em junho do ano seguinte, foi constituída a Companhie de l'Art Brut (Companhia de Arte Bruta) que assumia como função principal a valorização, o incremento e a divulgação destes trabalhos. A esta associação juntam-se vários artistas, críticos de arte ou escritores como André Breton, Jean Paulhan e Michel Tapé.Mais tarde, em 1967, a coleção de Arte Bruta foi objeto de uma grande mostra organizada pelo Museu de Artes Decorativas de Paris e, em partir de 1976, foi transferida para Lausanne, para o museu de Arte Bruta.
Os Cahiers de l'Art Brut, publicados desde 1964, constituíram o veículo de divulgação de trabalhos teóricos e artísticos de muitos autores, de entre os quais se destacam Joseph Crépin e Augustin Lesage.




A Arte Informal é uma tendência da arte abstrata que se desenvolveu nos anos 50 na Europa, paralelamente ao Expressionismo Abstrato que marcou a cultura artística de Nova Iorque. O termo informal (sem forma) pretende exprimir a tendência para o abandono de qualquer forma previamente conhecida, eliminando-se gradualmente os objetos da pintura. Os artistas informais acreditavam que era possível a comunicação estética através de imagens e de linguagens totalmente novas e inventadas sem referência a memórias ou vivências comuns.Distingue-se do Expressionismo Abstrato pela recusa da referência ao gestualismo que guarda a memória do artista no momento em que a criou. A pintura informal é auto-significante e desvaloriza o processo de criação. No geral, as pinturas caracterizam-se pelas pinceladas livre e pelas camadas espessas de tinta, explorando as possibilidades expressivas da cor e da luz ou dos materiais não convencionais, isolados do seu contexto e revelados na sua essência.

Os trabalhos dos artistas que integram esta corrente, bastante variados nos meios e expressões, podem ser incluídos em duas tendências fundamentais: o abstracionismo informal, influenciado pelo automatismo surrealista e pela improvisação e o tachismo, (do francês tâche, mancha) que procura acentuar relações cromáticas ou matéricas em grandes manchas.
Apesar da sua vocação abstracionista, algumas expressões e alguns artistas informais aproximam-se às vezes de uma figuratividade subtil.
O Informalismo, desenvolvido a partir de Paris, através das obras de George Mathieu, Jean Dubuffet, Pierre Soulages e Nicolas de Stael, atingiu outros países europeus. Em Espanha teve como expoente o artista Antoni Tápies e em Itália o pintor Alberto Burri.

ARTE CONTEMPORÂNEA

A arte contemporânea é construída não mais necessariamente com o novo e o original, como ocorria no Modernismo e nos movimentos vanguardistas. Ela se caracteriza principalmente pela liberdade de atuação do artista, que não tem mais compromissos institucionais que o limitem, portanto pode exercer seu trabalho sem se preocupar em imprimir nas suas obras um determinado cunho religioso ou político. Esta era da história da arte nasceu em meados do século XX e se estende até a atualidade, insinuando-se logo depois da Segunda Guerra Mundial. Este período traz consigo novos hábitos, diferentes concepções, a industrialização em massa, que imediatamente exerce profunda influência na pintura, nos movimentos literários, no universo ‘fashion’, na esfera cinematográfica, e nas demais vertentes artísticas. Esta tendência cultural com certeza emerge das vertiginosas transformações sociais ocorridas neste momento. Os artistas passam a questionar a própria linguagem artística, a imagem em si, a qual subitamente dominou o dia-a-dia do mundo contemporâneo. Em uma atitude metalingüística, o criador se volta para a crítica de sua mesma obra e
do material de que se vale para concebê-la, o arsenal imagético ao seu alcance. Nos anos 60 a matéria gerada pelos novos artistas revela um caráter espacial, em plena era da viagem do Homem ao espaço, ao mesmo tempo em que abusa do vinil. Nos 70 a arte se diversifica, vários conceitos coexistem, entre eles a Op Art, que opta por uma arte geométrica; a Pop Art, inspirada nos ídolos desta época, na natureza celebrativa desta década – um de seus principais nomes é o do imortal Andy Warhol; o Expressionismo Abstrato; a Arte Conceitual; o Minimalismo; a Body Art; a Internet Street e a Art Street, a arte que se desenvolve nas ruas, influenciada pelo grafit e pelo movimento hip-hop. É na esteira das intensas transformações vigentes neste período que a arte contemporânea se consolida. Ela realiza um mix de vários estilos, diversas escolas e técnicas. Não há uma mera contraposição entre a arte figurativa e a abstrata, pois dentro de cada uma destas categorias há inúmeras variantes. Enquanto alguns quadros se revelam rigidamente figurativos, outros a muito custo expressam as características do corpo de um homem, como a Marilyn Monroe concebida por Willem de Kooning, em 1954. No seio das obras abstratas também se encontram diferentes concepções, dos traços ativos de Jackson Pollok à geometrização das criações de Mondrian. Outra vertente artística opta pelo caos, como a associação aleatória de jornais, selos e outros materiais na obra Imagem como um centro luminoso, produzida por Kurt Schwitters, em 1919. Os artistas nunca tiveram tanta liberdade criadora, tão variados recursos materiais em suas mãos. As possibilidades e os caminhos são múltiplos, as inquietações mais profundas, o que permite à Arte Contemporânea ampliar seu espectro de atuação, pois ela não trabalha apenas com objetos concretos, mas principalmente com conceitos e atitudes. Refletir sobre a arte é muito mais importante que a própria arte em si, que agora já não é o objetivo final, mas sim um instrumento para que se possa meditar sobre os novos conteúdos impressos no cotidiano pelas velozes transformações vivenciadas no mundo atual.
Entre os movimentos mais célebres estão: Arte bruta, Arte informal, Expressionismo abstrato, Arte cinética, Combine, Assemblage, Pop art, Fluxus, Op art , Minimalismo, Arte conceitual, Body art, Instalação, Hiperrealismo, Videoarte, Happening, Arte povera, Transvanguarda, Internet art, Arte urbana, Grafiti entre outros.