A arte cinética ou o cinetismo
refere-se a uma corrente na área das artes plásticas que elabora formas e
efeitos visuais para gerar movimento ou ilusão óptica. Dentre os
artistas mais destacados podemos citar Mracel Ducham (1887-1968),
Alexander Calder (1898-1976), Jean Tinguely (1925), entreo outros.
Basicamente o conceito de cinético está ligado ao que expressa movimento, esse termo esteve presente no Manifesto Realista de Antoine Pevsner, escultor que viveu de 1886 a 1962, e de Naum Gabo, escultor russo construtivista. Na Argentina, a revista “Madí” de 1946, também buscou atestar sobre essa expressão artística.
No contexto das artes plásticas, desde as obras de figuras de animais
representados em paredes criadas por Lascaux, a ideia de movimento
sempre esteve presente, porém, o termo “arte cinética” é inserida no
vocabulário artístico somente em 1955, em virtude da exposição “Le
Mouvement”, em Paris, evento que expôs obras de Duchamp, Calder,
Vasarely, Soto, Bury, entre outros.
Quando estudamos a arte cinética, percebemos que o movimento é base
de sua própria estruturação, esse estilo de expressão nas artes
plásticas conseguiu derrubar a condição do efeito estático na pintura,
lançando a ideia de uma arte que proporciona movimento à obra e não
somente a ideia de movimento.
Além do movimento físico, há o movimento óptico no observador, nesse
sentido ficou convencionado que a op-art estaria em parte também
presente na arte cinética. Os grandes grupos de artistas, em meados do
século XX, se reuniam com suas obras na Galeria Denise René e no de
Recherche d’Art Visuel (GRAV), Paris.
No GRAV se destacou os trabalhos do venezuelano Jesús-Raphael Soto, o artista no período de 1950 a 1953, desenvolveu
obras que produziam efeitos de movimento virtual e vibração ótica.
Segundo Guy Brett, crítico inglês, a arte cinética estaria ligada à
linguagem do movimento, tendo como fator de movimento a localização do
observador perante determinada obra.
A arte conseguiu reunir artistas de diferentes partes do mundo,
na Itália se destacou os Grupos T e N; na Alemanha, o Grupo Zero; e nos
EUA, MoMA/Nova York, que marcou a arte ótica e cinética. Dentre os
brasileiros, podemos citar os falecidos artistas Lothar Charoux
(1912-1987), Almir Mavignier, Ivan Serpa (1923-1973), Abraham Palatnik
(1928).
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